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ORVALHO

Este é um fenômeno físico no qual a umidade do ar precipita por condensação na forma de gotas, pela diminuição da temperatura ou em contato com superfícies frias. Normalmente apreciado na época do Outono e Inverno, principalmente nos países tropicais.

As fotos foram feitas no jardim do meu sítio durante os primeiros raios de luz um amanhecer.

Confira as outras fotos:

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Orvalho nas folhas de uma roseira.
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Uma teia de aranha cheia de gotículas de orvalho. A composição perfeita se completa com a luz “fraquinha” durante o amanhecer.

Fotos: Yuri Borba | Série VISÕES

Projeto PELOS CAMINHOS DA LUZ

FRIO, MARÉ BAIXA E NEVOEIRO

O dia começou do “avesso”…

Mas Vida de Fotógrafo não é mole…

Então cai na rua…

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Pois um amanhecer frio de Outono me aguardava. A luz do Sol parecia um pouco apagada, ou melhor, estava sendo ofuscada por um nevoeiro que tem aparecido nos extremos do dia na Cidade do Rio de Janeiro. E para piorar a fase da Lua, não esta ajudando a maré durante o amanhecer. Com isso, a paisagem acaba não saindo perfeita nas fotos. Mas quem precisa de perfeição???

Devemos sempre lembrar que: “Não importa a cor do céu, quem faz o dia bonito é você.”

Projeto PELOS CAMINHOS DA LUZ

ELEVAÇÃO DO NÍVEL DO MAR ESTÁ ACIMA DO ESPERADO

A elevação do nível do mar é um “jogo de milímetros” por ano, mas esses milímetros podem adicionar uma enorme quantidade de água nos oceanos. E a crescente onda poderia eventualmente inundar cidades costeiras em todos os continentes.

Com gráficos distribuídos ao redor do planeta, os cientistas voltaram-se para os satélites, pois estes fornecem imagens do nível do mar desde 1990. Mas uma nova pesquisa publicada no NATURE CLIMATE CHANGE, aprofundou estas estimativas que os satélites forneceram, dando boas e más notícias. E existe boa notícia nisto? O total do aumento do nível do mar é menor do que as estimativas anteriores. Então vamos há má notícia. O problema se encontra ao na aceleração do processo de aumento do nível do mar.

Segundo os especialistas as projeções futuras do nível do mar são surpreendentes. As estimativas indicam que poderia haver até 98 centímetros (39 polegadas) de elevação do nível do mar em 2100. E isso poderá trazer impactos significativos em nossas vidas.

Pois o aumento do nível do mar não é apenas um problema linear, é um predicado em pontos críticos para grande danos nas zonas costeiras, a menos que sejam feitos esforços para se adaptar. Atualmente, mais de 1 bilhão de pessoas vivem ao longo das linhas costeiras ao redor do mundo e US$ 11 trilhões de dólares ativos que estão nestas regiões, podem simplesmente afundar com as inundações, em até 100 anos. É claro que estes números irão subir mais e mais com o passar dos anos.

Muitas cidades costeiras das Américas já sofrem com inundações em menor escala, só que regularmente, por causa do aumento do nível do mar. Nos EUA, cidades como Baltimore e Honolulu (Havaí) já tomaram atitudes para conter as inundações costeiras. Estima-se que por volta de 2050, o aumento do nível do mar seja susceptível de atravessar mais de 26 cidades do EUA, podendo ficar com quase 30 dias alagadas, a cada ano.

Um grande nível de inundação, os impactos serão aparentes, por causa do impulso dos eventos climáticos, como tempestades, iguais ao Sandy. Este aumento do nível do mar tem quase do dobro de risco de trazer alagamentos do nível do Sandy, do que em 1950.

Mas de milímetro em milímetro, o nível dos oceanos vão subindo cada vez mais. Esta enorme quantidade de água deve ter atenção da sociedade.

Devemos proteger agora aqueles locais de inundação, para poder salvar trilhões de dólares no futuro.

Pois os especialistas já descartam que essa situação irá reverter.

Foto: Yuri Borba | No bairro de Junqueira, em Mangaratiba, é visível a força do mar que deslocou pedras e algumas colunas de proteção da encosta.

Texto: Traduzido e Adaptado por Yuri Borba, do artigo do site CLIMATE CENTRAL

CALOR EXTREMO E CHUVAS PESADAS DEVERÃO DOBRAR

Os eventos climáticos extremos, como secas, calor e chuvas torrenciais, são as lembranças mais fortes e evidentes de que o clima está mudando. Estes ‘desastres’ foram acontecendo muito antes de nós, humanos, começarmos a ‘bombardear’ a atmosfera com gases, causando o “Efeito Estufa”. Uma onda de calor devastador matou milhares pessoas pela Europa em 2003, e isso esta se tornando ‘normal’, com 10 vezes mais chances de acontecer do que costumava ser há alguns anos atrás.

Mas isso é apenas um evento único em um ‘único lugar’?

Um nova análise na Nature Climate Change, acabou nos trazendo um visão muito mais ampla. Cerca de 18% dos eventos de precipitação intensa em todo Mundo e 75% dos extremos de temperatura quente – definidos como eventos que vêm apenas uma vez em cada ‘mil dias, em média – já pode ser atribuída à atividade humana, diz o estudo. E como o mundo continua a aquecer, a frequencia desses eventos deverá dobrar até 2100.

Uma nova pesquisa difere de outros chamados ‘estudos de caso de atribuição extrema’, e não apenas na sua abordagem, mas também na forma como o termo “extrema” é definido.

A onda de calor de 2003, que matou tantas pessoas na Europa, estava tão fora das ‘cartas’, que normalmente seriam esperados para vir apenas uma vez em “mil anos” sem o aquecimento global. Em contraste, as temperaturas quentes e precipitações fortes descritos no novo papel que normalmente vêm junto uma vez em cada três anos, com ambos “quentes” e “pesados”, que variam dependendo do que é normal para um determinado local.

É muito importante prestar atenção, porque os extremos moderados de temperaturas quentes e precipitações, podem ter impactos significativos no local. “Os formuladores de políticas precisam saber ao certo o que está acontecendo globalmente em termos de exposição.”

Para se chegar ao cálculo quanto a freqüência de extremos locais, os cientistas combinam os resultados de dezenas de modelos climáticos, de locais em todo o Globo, para ver como está a atual freqüência de extremos moderados e comparam com o que teria acontecido na ausência das mudanças climáticas.

Eles também projetam para frente no tempo para ver com qual frequencia os extremos podem mudar. Não surpreendentemente, eles vão aumentando à medida que o planeta continua a aquecer. Mas, o aumento não é linear. Uma quantidade de ‘aquecimento’ que não parece tão dramática, e ele não será o mesmo em todos os lugares.

O Planeta esta certa de 1,4º C mais quente do que em 1800, quando os humanos começaram a emitir gases relacionados ao aquecimento.

Por si só, o fato é que esses eventos extremos moderadamente continuaram a vir com mais frequencia, mas não dará para dizer às pessoas com exatidão no nível e impacto local. Os cientistas dão probabilidades de como os eventos irão mudar, mas não podem dizer ao certo quais os danos que eles vão fazer.

Por isso, que você precisa saber o quão é vulnerável cada local. Pois tudo depende de como “resiliente” a população local e a “infra-estrutura” estarão preparados. Um Cidade dos EUA ou da Europa, podem ser capazes de suportar eventos extremos com mais facilidade do que uma cidade de Bangladesh. Portanto, o importante é continuar com o trabalho de conscientização, não somente na política, mas também na sociedade.

Texto Original por Michael D. Lemonick (Editorial do Climate Central)

Texto Adaptado por Yuri Borba (Advogado Ambientalista e Fotógrafo Freelancer)

Foto: Yuri Borba.