Biguás em uma magnífica revoada na área militar que pertence a Base Aérea de Santa Cruz.
Estas aves vivem em águas interiores e na orla marítima, também ocorrendo em rios, lagos, banhados, açudes, represas, estuários, manguezais e nas cidades em parques com lagoas. Não se afasta da costa para se aventurar no mar, mas voa para ilhas próximas à costa, podendo ali nidificar. Não possui glândula uropigiana, encharcando totalmente sua plumagem para aumentar o peso e facilitar os mergulhos. Quando sai da água, seca sua plumagem abrindo a cauda e as asas ao sol, ofegando de bico aberto, por vezes revelando seu saco “gular” amarelo.
Costumam descansar pousado na beira d’água, sobre pedras, árvores, estacas ou mesmo sobre cabos. Empoleirado em um só pé, coça o píleo com as unhas, de forma cômica. Dorme em árvores ressequidas, ao lado de garças, nos manguezais.
Devido a suas fezes serem ácidas, podem danificar árvores, mas adubam a água, favorecendo a manutenção das populações de peixes, e assim atraindo outras aves para se alimentar.
É desajeitado em terra, andando de maneira gingada, mas é um exímio nadador e mergulhador, utilizando seus pés com membranas interdigitais natatórias como propulsores. Quando voa se assemelha a patos, sendo às vezes considerado como tais, equivocadamente, e, quando em bando, muitas vezes voa em formação em V.
Mergulha em busca de peixes e permanece um bom tempo debaixo d’água, indo aparecer de novo bem lá na frente, mostrando apenas o pescoço para fora d’água. Fora da época de reprodução, é geralmente solitário. Vive até os 12 anos em estado selvagem.
Foto: Yuri Borba | Série VIDA
Projeto PELOS CAMINHOS DA LUZ
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